Um Dia Branco

No nosso ultimo dia em Antofagasta de La Sierra, aproveitando as palavras de Dinho, fica a sensação que deveríamos ter tirado uma foto a mais para segurar a lembrança da paisagem.
Seguimos pela estrada em direção inicialmente ao Salar de Carachi Pampa, um dos tesouros da Puna Catamarca, no caminho a companhia de muitos outros vulcões, com muitas historias fascinantes que nos prenderiam a horas a fio a escutá-las.
Mas o Carachi Pampa é diferente. Por ser composto de basalto preto se destaca na imensidão das dunas de areias brancas. Chama atenção por sua coloração negra avermelhada. Lindo e imponente.
Ao mesmo tempo solitário no meio da imenso branco, e acho que é isso que nos faz ter por ele, um encantamento a mais. De um jeito singular que o faz tão especial.
E esse foi um dos marcos da nossa viagem, andar pelo Salar de Carachi Pampa ao som de “Nuvole Bianche” de Ludovico Einaudi, música tema desta nossa viagem, e sentir as lagrimas escaparem de nossos olhos por viver esse momento tão único em nossas vidas. Só estando lá, naquela imensidão para ter noção.
Seguimos em direção ao Campo de Piedra Pomez é um exemplo de maravilha natural e desolada e difícil acesso. Jesusss… como aquela caminhonete sacudiu. E nosso guia tão querido, o Adrian, ao contrario dos outros dias, pesou o pé no acelerador e sai da frente. Quem mandou reclamar a pasmaceira na estrada kkk. Mas voltando ao Campo de Peidra Pomez, é uma formação de material calcário modelado, resultado da explosão do Vulcano Blanco; com formas caprichosas e curiosas esculpidas pelo vento. É um panorama de outra dimensão com sua cenografia surrealista, que repousa entre o mar de dunas brancas e a silhueta dos vulcões.
Na medida que você vai se aproximando do campo, parece que estamos adentrando numa cidade grega ou seria na lua?! Seja lá onde for, é extasiante!
Andamos por uma boa parte do campo, fotos e com as mais diversas poses não faltaram.
E lá no topo de uma das pedras, encontramos uma “ampacheta”, um montinho de pedra que simboliza o altar para Pachamama, e quem por ali passa deixa uma pedra para pedir proteção aos viajantes. E nós colocamos nossas pedrinhas e aos nossos viajantes pedimos proteção: Nossas filhas, nossos pais, nossa família e nossos amigos. E nosso DIA BRANCO se fez presente mais uma vez.
Seguimos para Belén na certeza que “o caminho só existe quando você passa....” e esse a gente passou e quando digo gente, digo todos nós, você mesmo que está lendo esse blog agora!  Uhuuu!!!!
Começamos a retornar para casa!

Juli e Tati amamos vocês!