terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Dia 23: Home sweet home...

O amanhecer veio nos acordar apressado. Hora de chegar em casa.
Não teremos mais ripio e nem “viento” bailando num festival deliciosamente provocante.
o sol  pleno, iluminando nossos caminhos, apesar da previsão de chuvas.
Um aroma gostoso no ar trazendo consigo a quietude do nosso ser.
Estamos voltando.
Embalados pela música por alguns instantes deixamos nosso corpo flutuar.
Em órbita, nossa razão foi arrancada por algo que não conseguimos explicar...
Um doce fechar de olhos. Um meio sorriso preso nos lábios.
Quando chegarmos correremos ao encontro dos sentidos.
Uma onda de felicidade.
Não haverá nuvens no nosso céu.
Quando chegarmos seremos todas as estações do ano…
Metade da gente agora é assim:
De um lado o verbo a saudade, do outro a força e a coragem pra chegar no fim.
E o fim é belo. É apenas o começo...
Não basta apenas você vê. Você tem que viver essa aventura.
O novo e a fé que você deposita em você e só.
Basta apenas isso para você ir até El Fin Del Mundo.
E, o mais importante, voltar....
A todos vocês que nos acompanharam por todos esses dias com tanto carinho, desejamos que sonhem grande, com estradas infinitas, ripios e vientos constantes....
E nos dê o prazer de segui-los nessa aventura no blog de vocês.
Obrigado!!! Ter vocês ao nosso lado nos deu coragem de ir adiante.
E muito obrigado Deus por nos ter acompanhado por toda viagem.
Sempre....



Ju e Tati, amamos vocês!



















segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Dia 22: Vive la ruta...

Hoje foi o dia de despida de nossos amigos do Uruguai. Saímos cedo com destino a Gravataí.
Um dia lindo de sol com uma paisagem maravilhosa da costaneira Uruguaiana. Aproveitamos para passar em Punta del Este e percorrer os balneários do caminho até a estrada que nos levaria ao Brasil.
Punta del Este está entre os dez balneários de luxo mais famosos do mundo e é um dos mais charmosos da América Latina, oferecendo tanto praias oceânicas (oceano Atlântico) quanto de rio (Rio da Prata). É “muy rico”, como dizem os argentinos, natural e sofisticada. Amei.
As estradas estavam super movimentadas, férias são férias no mundo todo.
E o danado do calor! decididamente, moto não combina com calor.
Mas como tudo nessa viagem vale e valeu a pena, não vou ficar reclamando apenas por um pequeno detalhe. Mas que calor não combina com moto, não combina não. Stressa....
Numa das paradas para esticar as pernas, um uruguaio veio falar com a gente e resumiu o dia de hoje, colocando o seguinte: “ Muy bueno usted viajar de moto. Me gusta muitíssimo. Usted siente la ruta, mejor vive la ruta. Siente los aromas, lo viento, las personas. Espléndido.”
E assim tocamos até chegar ao Brasil...
Nosso Brasil, parece até que o verde da mata é mais verde, que o sol brilha mais e nosso céu é mais azul. Mas em compensação nossas estradas...uiiii.
Mas o principal foi passar todos esses dias vivendo cada curva, cada pedacinho de chão, sentindo cheiro de terra, o calor do sol e mais do que isso: Conhecer pessoas.
Como é bom descobrir o mundo em cima de duas rodas, e melhor ainda quando você é a garupa do homem da sua vida.
Com uma saudade gostosa e um gostinho de quero mais. E isso é só o começo.
Tinha muito mais para falar dos caminhos de hoje mas depois desses 870 km e vontade danada de chegar em casa, só quero uma coisa, camaaaaaaaa......
E ir correndo ver nossas pequenas. Quanta saudade!!!
Amanhã à tarde, chegamos em casa de fato. E aí vamos juntos comemorar e dividir toda a emoção de um dia ter ido ao Fin Del Mundo!  de moto.....
Até lá .....

Ju e Tati, amamos vocês!


















Dia 21: Uma parada estratégica

Saímos por volta das 12 horas, mais uma vez refeitos pela noite de sono e muito ansiosos para chegar no Brasil.
Inicialmente, a idéia era parar em Montevidéu, mas com a viagem de barco, mudamos um pouco o roteiro.
Acho que estávamos sendo levados pelo cansaço e acredito que Osvaldo queria muito chegar logo no Brasil. Coisas de um homem muito amado e querido.
Há quatro dias sofro com muita dor em função de um calculo renal que resolveu abandonar meu corpo no meio da viagem. E tome dor. Mas ando fazendo uma mistura de analgésico e antiinflamatório, o que de certa forma alivia um pouco.
Mas meu Dinho, se angustia ao me ver sentindo dor. Ele é realmente muito especial. Não é a toa que o amo tanto.
É a terceira vez que acontece isso comigo e sempre na mesma época. Mas acredito que o ripio contribuiu para esse episódio.
Ao pegar a estrada para Montevidéu, a estrada estava ótima, uma brisa maravilhosa e não me conformava de voltar dessa forma.
Então, bastou apenas uma pergunta dele, se eu queria parar em Montevidéu. Resposta imediata: quero. É só dobrar a dosagem de medicação e de certa forma acabar com nossa ansiedade. Seria um desperdício voltar assim.
E foi a coisa mais certa que fizemos, uma parada estratégica.
Montevidéu é linda. Há pelo menos duas versões a respeito da origem do nome. A primeira se baseia no diário de navegação da expedição de Fernão de Magalhães (em espanhol, Fernando de Magallanes), datado de janeiro de 1520. Esse documento registra a existência de um monte que se assemelhava a um chapéu, localizado à direita de quem navega de leste para oeste. A esse monte foi dado o nome de "Monte vi eu". Assinado por Francisco de Albo, contramestre da expedição, esse é o mais antigo documento em espanhol que menciona um nome similar a "Montevideo".
A outra versão, apesar de não ter base em documentos históricos, é mais difundida. Ela dá conta de que, navegando pelo Rio da Prata de leste a oeste (do Oceano Atlântico para o continente), avista-se o 6º monte na região em que hoje se situa a capital uruguaia. Daí, o registro de "Monte VI de Este a Oeste", que de forma abreviada se escreve "Monte VI-D-E-O".
A arquitetura conta a história da expansão da cidade, dos prédios clássicos da cidade velha à elegância anos 60 dos bairros da orla.
É a maior metrópole do mundo gaucho – um lugar onde ninguém vive sem carne e mate (e dulce de leche). Um destino na medida para explorar num fim de semana. Parece uma extensão do Brasil. Nunca vi tanto brasileiro fora do Brasil quanto aqui.
Ficamos no Hotel NH Colômbia, excelente. Vista total do Rio da Prata. Fomos almoçar no Mercado da cidade. A carne não é tão boa como na Argentina, mas o local é fantástico.
Aproveitamos para descansar um pouco mais e amanhã ingressar no Brasil. Dessa forma, diminuímos os km diários em cima da moto, e na terça chegamos em casa.
Brasil, estamos chegando....

Ju e Tati, amamos vocês!