Dia 05: No moto Day!

Antes de falar do dia de hoje, vou retomar um pouco o dia 04.  Depois de um bom vinho patagônico à noite, apaguei literalmente. Osvaldo já falou do “No hay nafta”, mas esqueceu do “Hay mucho viento!!!”

O vento patagônico é um fenômeno natural que tem em toda a região da Patagônia. Sua força é incomparável. Não existe nenhum outro vento nas Américas que faça lembrar o vento patagônico. Tal vento é constante, podendo em alguns trechos da estrada, conforme a geografia do local (existência de montanhas), ocorrer rajadas no lado diferente ao que o vento está soprando.

Em alguns períodos do ano, o vento patagônico é tão forte que derruba até caminhões na Ruta 3 argentina. Isso não é uma lenda. Nessas épocas é impossível rodar de moto, claro. Sua força pode chegar até 120km/h. Ele pode ocorrer em contato com a moto de forma lateral, frontal ou na traseira.

Quando ocorre de forma lateral, a moto roda inclinada na estrada. O consumo de combustível da moto aumenta, devido a requerer mais força para a mesma se deslocar.

E foi assim que fomos batizados pelos ventos, durante 250Km . E amanhã vão ser mais de 800km. Entenderam porque apaguei.

Mas nada que a gente não consiga vencer, e foi graças a ele também que a viagem ficou cheia de adrenalina.

Dinho conseguiu dominar a moto e já tira de letra a ultrapassagem com a presença desses “vientos”.  A adrenalina chega a mil.

Mais uma dica para a carona: adote a posição fetal atrás do piloto, aproveite para tirar uma lasquinha e abraçar bastante o amado, feche os olhos e curta o momento. Quando você menos ver, foi. Você venceu.

Chegamos em Puerto Madryn por volta das 20 horas e nos hospedamos no Hotel Peninsula Valdés. EXCELENTEEE.

Essa tem sido uma decisão acertada, o “desconforto” durante o dia e excelentes hotéis. A combinação perfeita. Jantamos uma truta arco íris da patagônia, vinho Sauvignon Blanc  da Finca Roja no Patagônia Resto Bar. Muito bom!

E assim terminamos o dia de ontem. Felizes.

Hoje, nosso quinto dia, descansamos um pouco da moto e demos uma de turista.

Puerto Madryn, coloquialmente denominada “Madryn” localmente, é uma cidade na província de Chubut, na Argentina. Se encontra sobre o mar Argentino, Oceano Atlântico e é a cabeceira do departamento Biedma.

É considerada a porta de entrada para a Península Valdés, declarada em 1999 Patrimônio da Humanidade pela Unesco. É um dos centros de turismo mais importantes de toda a Patagônia e do país. Madryn detém o título de ser a cidade balneária mais populosa do sul argentino, algo próximo a 90 mil habitantes.

É simplesmente linda. Contratamos uma excursão e fomos conhecer a reserva natural da Península Valdés. Muitos pingüins, lobos e elefantes marinhos. Um frio danado. Não subestime sua roupa, acreditando nessa historia de verão na patagônia.

Só tem um pequeno detalhe: estão abusando do turismo, está muito caro. Comemos duas hamburguesas, muito meia boca, bata frita por nada mais, nada menos que $150 pesos. Exploração.

No mais, agora é hora de arrumar as malas, preparar a moto e voltar a estrada.

Não existe coisa melhor. Cada músculo do meu corpo reclama um pouco, mas a alma e o coração agradecem.

Como o nosso próximo post será amanhã á noite, desejamos a todos um Feliz Natal, com muita LUZ e benção do Senhor.

Ju e Tati amamos vocês!