Acordamos
de madrugada, pois a orientação do pessoal do navio era que a moto sairia entre
5 e 6 horas da manhã. Não foi bem assim, mas no final deu tudo certo.
Pegamos a
estrada para Neuquén. Ainda bem que saímos cedo, porque mais uma vez pegamos a
Aduana do Chile e Argentina. Vamos ficar doutores em aduanas.
Damos
adios aos nossos amigos chilenos e retornamos para nossos hermanos. Vale
ressaltar, que enquanto o chileno não é bem gentil como gostaríamos, os
argentinos têm se mostrado muito gentis e educados. Viva Los hermanos!!!
Passamos
pela estrada para Villa La Angostura e ficamos estarrecidos com as cinzas.
Um quadro
de natureza morta! Literalmente morta.
A cidade
de Villa La Angostura se encontra localizada no departamento Los Lagos no sul
da província de Neuquén, na Patagônia Argentina. Sobre a margem noroeste do
Lago Nahuel Huapi.
As
paisagens de Villa La Angostura cativam aos turistas que visitam o lugar e
desejam regressar para voltar a olhar as montanhas nevadas, os lagos de águas
transparentes e as cascatas que descem das cumes.
Foi um
choque encontrarmos esta bucólica e inspiradora paisagem totalmente
transformada pela erupção do vulcão Puyehue. São milhares de toneladas de cinza
vulcânica, de granulação muito grossa, parecendo uma areia muita grossa. O que
impressiona é o volume de cinzas na estrada que leva a Villa La Angostura. Infelizmente,
levará meses, talvez anos para que este local volte a sua vida normal, segundo
o pessoal da aduana.
Imagine
isso no impacto sobre a cidade,
afetando diretamente sua principal fonte de renda que é o turismo.
Por fim,
procuramos encontrar o belo em meio a esta tragédia. E achamos, as fotos falam
por si.
O calor
veio com tudo, acompanhado do nosso querido e inseparável “viento, mucho
viento”: essa coisa chata, não dá um tempo!!!
Imagine um
calor de 38,5ºC e uma sensação térmica de mais de 40ºC e some a isso o fato que
saímos preparados para o frio....
Foi um tal
de tirar forro no meio do caminho e não ter mais onde guardar. E o monte atrás
da moto só aumentava. Não preciso nem falar, com Osvaldo ficou feliz com isso.
Foram 740
Km, destes um pouco mais de 300 no deserto, e bota deserto nisso. Não se achava
nem água nos postos e o jeito foi matar a sede com coca e outros refrigerantes.
Sempre
andamos com camelback cheio e justamente na hora que mais precisávamos fomos
displicentes: Estava vazio....
Mais faz
parte, senão fica sem graça. Apesar da aridez, as paisagens são deslumbrantes e
chegamos molhados de suor em Neuquén.
É uma
província da Patagônia argentina(de nehuenken, que significa "rio
ventoso" em Mapudungun) e é considerada uma das cidades mais importantes
da Patagônia.
Logo que
vamos entrando na cidade, existem vários outdor chamando a atenção sobre os
dinossauros. “ Você vai ser devorado....”rsss
A
principal descoberta são os restos do Giganotosaurus Carolinii. Sua denominação
significa “lagarto gigante do sul” e foi descoberto em 1988. Até o momento ele
é considerado o maior dinossauro carnívoro de todos os tempos, ainda superior
ao Tyrannosaurus Rex.
Estávamos
muito cansados. Calor não foi feito para moto, mas mesmo assim demos uma
voltinha na cidade, muito formosa e cheia de jovens no burburinho de uma sexta
à noite. Comidinha e cama.
Amanhã
seriam mais 900km.
Ju e Tati, amamos vocês!
Dêda... Deu pena de ver a região de Bariloche/Angustura... Irreconhecível... E foi um lugar dos mais lindos que já estive...
ResponderExcluirBem garota... Agora é caminho da roça... Se esticar um pouquinho o pescoço já vai dar para matar as saudades de casa... Ehehehehehh