segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Dia 19: O belo em meio às cinzas.

Acordamos de madrugada, pois a orientação do pessoal do navio era que a moto sairia entre 5 e 6 horas da manhã. Não foi bem assim, mas no final deu tudo certo.
Pegamos a estrada para Neuquén. Ainda bem que saímos cedo, porque mais uma vez pegamos a Aduana do Chile e Argentina. Vamos ficar doutores em aduanas.
Damos adios aos nossos amigos chilenos e retornamos para nossos hermanos. Vale ressaltar, que enquanto o chileno não é bem gentil como gostaríamos, os argentinos têm se mostrado muito gentis e educados. Viva Los hermanos!!!
Passamos pela estrada para Villa La Angostura e ficamos estarrecidos com as cinzas.
Um quadro de natureza morta! Literalmente morta.
A cidade de Villa La Angostura se encontra localizada no departamento Los Lagos no sul da província de Neuquén, na Patagônia Argentina. Sobre a margem noroeste do Lago Nahuel Huapi.
As paisagens de Villa La Angostura cativam aos turistas que visitam o lugar e desejam regressar para voltar a olhar as montanhas nevadas, os lagos de águas transparentes e as cascatas que descem das cumes.
Foi um choque encontrarmos esta bucólica e inspiradora paisagem totalmente transformada pela erupção do vulcão Puyehue. São milhares de toneladas de cinza vulcânica, de granulação muito grossa, parecendo uma areia muita grossa. O que impressiona é o volume de cinzas na estrada que leva a Villa La Angostura. Infelizmente, levará meses, talvez anos para que este local volte a sua vida normal, segundo o pessoal da aduana.
Imagine isso no  impacto sobre a cidade, afetando diretamente sua principal fonte de renda que é o turismo.
Por fim, procuramos encontrar o belo em meio a esta tragédia. E achamos, as fotos falam por si.
O calor veio com tudo, acompanhado do nosso querido e inseparável “viento, mucho viento”: essa coisa chata, não dá um tempo!!!
Imagine um calor de 38,5ºC e uma sensação térmica de mais de 40ºC e some a isso o fato que saímos preparados para o frio....
Foi um tal de tirar forro no meio do caminho e não ter mais onde guardar. E o monte atrás da moto só aumentava. Não preciso nem falar, com Osvaldo ficou feliz com isso.
Foram 740 Km, destes um pouco mais de 300 no deserto, e bota deserto nisso. Não se achava nem água nos postos e o jeito foi matar a sede com coca e outros refrigerantes.
Sempre andamos com camelback cheio e justamente na hora que mais precisávamos fomos displicentes: Estava vazio....
Mais faz parte, senão fica sem graça. Apesar da aridez, as paisagens são deslumbrantes e chegamos molhados de suor em Neuquén.
É uma província da Patagônia argentina(de nehuenken, que significa "rio ventoso" em Mapudungun) e é considerada uma das cidades mais importantes da Patagônia.
Logo que vamos entrando na cidade, existem vários outdor chamando a atenção sobre os dinossauros. “ Você vai ser devorado....”rsss
A principal descoberta são os restos do Giganotosaurus Carolinii. Sua denominação significa “lagarto gigante do sul” e foi descoberto em 1988. Até o momento ele é considerado o maior dinossauro carnívoro de todos os tempos, ainda superior ao Tyrannosaurus Rex.
Estávamos muito cansados. Calor não foi feito para moto, mas mesmo assim demos uma voltinha na cidade, muito formosa e cheia de jovens no burburinho de uma sexta à noite. Comidinha e cama.
Amanhã seriam mais 900km.

Ju e Tati, amamos vocês!




























Um comentário:

  1. Dêda... Deu pena de ver a região de Bariloche/Angustura... Irreconhecível... E foi um lugar dos mais lindos que já estive...
    Bem garota... Agora é caminho da roça... Se esticar um pouquinho o pescoço já vai dar para matar as saudades de casa... Ehehehehehh

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