sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Dia 15: Embarque a La Indiana Jones.


Chegamos em Puerto Natales às 16:30 e fomos direto ao hotel marcado para realizar o check-in da Navimag. Aproveitei para fazer o blog, já que o embarque só aconteceria às 21 horas. O salão de espera estava lotado de pessoas do mundo inteiro. Mochilas e mais mochilas.
Foi nesse momento que conhecemos um casal de Curitiba que residiam no Rio de janeiro. Gente muito bacana, como todas as pessoas que encontramos no caminho. Eles estavam de passagem indo para o Ushuaia. É engraçado e gratificante, perceber como o ser humano é bom naturalmente. Me perguntaram se eu estava usando protetor solar, já que vinha de moto. Falei que não. Um pouco antes da gente embarcar, não é que eles me deram alguns frascos de protetor solar. Eles tem uma loja da Boticário no Rio e protetor solar, agora é que não falta.
Tivemos o prazer de também conhecer um francês motociclista, que estava rodando o mundo de moto há 08 anos. Ele fez questão de cumprimentar a gente, assim que nos viu chegando de moto. Essa é a famosa cumplicidade dos motociclistas. Aonde quer que se vá é marcante esse pacto de união entre eles.
Por volta das 21 horas, embarcamos no Ferry Navimag Envangelistas. Parecia que nós estávamos no Discovery Channel. Gente do mundo inteiro, com seus carros motor home 4X4 e apenas duas motos, a nossa e a do Francês.
Sabe aquele pessoal de documentário da Discovery que se aventura pelo mundo, é bem isso aí.
O navio é um cargueiro enorme, a tripulação parecia que tinha saído de um filme. Às vezes, eu me beliscava para ter certeza que era real. O mais improvável estava acontecendo.
Ficamos numa cabine triplo A (primeira classe, xiiii). Apertadinha mais bem confortável, afinal isso aqui não era um cruzeiro e sim um navio de carga adaptado para receber passageiros.
O importante, nos tínhamos: um beliche confortável e um banho quentinho.
Desejo muito que nossas filhas, um dia, possam fazer essa viagem e experimentar o sabor de liberdade e aventura. Todo mundo traz isso no sangue e quando nos é dado a oportunidade de experimentá-la, é extraordinário.
Aqui nos sentimos verdadeiros aventureiros da própria vida, com nossas roupas sujas de poeira, barba por fazer(no caso de Osvaldo, é claro), cabelos rebeldes e unhas necessitando de uns cuidados básicos (meu caso, óbvio), mas.... com um coração batendo freneticamente feliz.
Acho que nunca uma sujeirinha fez tão bem a uma pessoa, como essa. Me sinto, a própria versão feminina do Indiana Jones – algo tipo Joana Jones.
O pessoal que fica no triplo A, é recebido com uma garrafa de vinho na cabine; e aí vocês podem imaginar como comemoramos a primeira noite.
Vinho, luar e o Pacífico a nos rodear. Quer mais.... estraga!
Bons ventos à vista...

Ju e Tati, amamos vocês!













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